EXISTÊNCIA

Escrevo-me na vidraças de uma vida invisível

Tantas vezes estilhaçada

Tentativas aquareladas de me expressar em qualquer cor

Um espectro etéreo barrado pelas paredes em meio aos ventos

Se evapora lentamente

Num dia foram fumaças

Queimadas de uns elementos

Vagueia em órbitas nulas

Planeta errante em queda

Será o chamado celeste?

Ou suas ponderações eternas?

Bastava pra meu castigo

Respostas não perguntadas

Mas a essência humana me corrompe

Bastava que eu me condensasse

Ser sólido

Feito de águas

E suas ondas que arrasam

E cantam silêncios

De minh'alma avassalada

O eco que repete

Da minha vida enclausurada

Alana Linton
Enviado por Alana Linton em 15/01/2023
Código do texto: T7695508
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