5
Nós já fazemos parte da família,
Que vive bem distante – numa ilha –,
Onde n’existe amis acepções,
Nem falsidades ou desilusões,
A cor das folhas são meio diferentes:
É cor de prata e ouro reluzente
O vento lá é fresco – pura aragem,
As brisas, refrescantes, interagem
Junto às almas que lá vivem muit felizes;
Então não é bom?! Então... Nem tu me dizes!?
Procure pelo mundo bom lugar –
Lugar ameno e puro pra morar –,
Passárgada talvez – ou o Paraíso –,
Não dá par’eu dizer – e nem preciso –,
Qu’este lugar aqui nunca existiu;
Nem mesmo um olho humano jamais viu,
E nunca – nunca – mesmo mais verá;
Nem busquem ou perguntem: “Pois será?!”
Nãp foste corajoso oh! Covarde!?...
Agora não precisa mais chorar,
Nem mesmo c’um revólver se matar,
Pois vais estar no nada – sem alento,
Irás pro Vale Arrependimento –
Pensando e repensando nos seus males –,
E viverá pra sempre nesse Vale.
E nunca mais terá reclamação,
Nem xingamento – mesmo – ou maldição,
Pois todas essas cousas já passaram –
Esquecerão os reis que já reinaram;
Que bom! Não haverá melancolia,
Nem mais existirá a noite fria,
Cansaço, dor, tristeza, solidão...
É doce! É muito doce ao coração;
Que bom! – Que bom remédio pra noss’alma,
Que mansa brisa branca que acalma,
E vem tão perfumada – flor-de-malva,
Torando tudo etéreo!... – assim brumalva,
Os sons – enfim –serão harmoniosos,
Sem falhas, sem amantes orgulhos.
- Amantes que se dizem entender,
E no fundo nõ sabem que fazer,
Oh sim! Que frutas doces lá teremos –
Que isentas estarão de algum veneno –,
E como saciará a nossa fome,
O figo abacaxi, morango a “pome”,
Com seus perfumes doces – seus aromas,
Dirão pro povo todo “Sim nos coma!”
Mas que cidade é essa? – onde se esconde?
Perguntas! – só perguntas – quem responde?
(continua)