DIAS DE NEBULOSAS 52 💠

Há de se ter dias de nebulosas

Vazios em meio ao espaço

Cheios de nada e escuridão

Ciclos em que cadências cósmicas pelas metades

Parecerão nunca chegarem a um céu inteiro

Há de se sentir no espaço e vácuo esvaziado

Nem um gás que se acumula

Nem brilho e aura que nebula

De alma tênue, vertiginosa

Dissipada no beiral da estrela morta

Dessa distância em si, há de se perder de todos os teus abraços

Há de se ter dias de nebulosas

Dias em que as próprias trevas haverão de preencher-te

Descíclicas, assíncronas, antipáticas

E hão de sublimar forçosamente os restos de cirrus que guardavas pra tentar te reerguer

Serão dias de arco elétrico intenso

E o plasma perdido nunca se recuperará

E as constelações que admiravas roubarão teu brilho que restava

Mas nem por isso deves lamentar

Espera o clamor do universo

ouve e atende sem medo

E não se preocupes do perdido

Do clarão que emanavas

Do gás que era pouco

Da matéria que aflorava

Há de ter no início pouco

Uma força fraca que crescendo.pode eclodir em mundos novos e dimensões não exploradas

Uma estrela nunca morre

E da poeira e trevas romperá teu brilho

Um pequeno pirilampo cósmico a cintilar

Apenas no início pode parecer frágil

Mas o trovão se ouvirá em toda a Via Lactea

E uma nova gigante branca ressurgirá

Brilhando pela galáxia em todas as alvoradas

Nas eras e eras em meio ao cosmos

Ruge impacto desta nova em mais um ciclo

Vida e morte que se alternam

Começando desde o início

Fulgurarás

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Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 01/01/2023
Reeditado em 05/04/2023
Código do texto: T7684525
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