Faroleiro
Nunca esquecerei do acaso, crescer é complicado pois o equilíbrio perpetua a renovação,
O presente e os padecimentos convivem com essa eterna trama fugaz entre a vida o amor e a morte,
Sou momentos,
Como um faroleiro que amanhece na sombra, sou como alguém que reclama da própria voz, que encontra a porta aberta mais não entra,
Nunca esquecerei o quanto a escuridão fazia sentido, como uma gota que cai no rio e que ajuda a mantê-lo vivo,
Sou momentos,
De liberdade e esquecimento,
De lembranças com suspiros e palavras, de lágrimas enterradas num adeus,
Nunca esquecerei o sussurro do vento que trazia essa tormenta silenciosa e arrasadora feita de gratidão e desencontros, como música no ar, como ráfaga que destrói renovando tudo.