Faroleiro

Nunca esquecerei do acaso, crescer é complicado pois o equilíbrio perpetua a renovação,

O presente e os padecimentos convivem com essa eterna trama fugaz entre a vida o amor e a morte,

Sou momentos,

Como um faroleiro que amanhece na sombra, sou como alguém que reclama da própria voz, que encontra a porta aberta mais não entra,

Nunca esquecerei o quanto a escuridão fazia sentido, como uma gota que cai no rio e que ajuda a mantê-lo vivo,

Sou momentos,

De liberdade e esquecimento,

De lembranças com suspiros e palavras, de lágrimas enterradas num adeus,

Nunca esquecerei o sussurro do vento que trazia essa tormenta silenciosa e arrasadora feita de gratidão e desencontros, como música no ar, como ráfaga que destrói renovando tudo.

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 28/11/2022
Reeditado em 28/11/2022
Código do texto: T7660175
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