PÁGINAS

Já vivi momentos vazios

Clariei noites em vão

Sorri quando queria chorar

E disse sim, quando deveria dizer não

Já fiquei horas, sentado sob a chuva

E atirei moedas ao poço das vontades

Medi as ínfimas pernas de umas mentiras

Todas com a imensurável métrica da verdade

Já vaguei dias inteiros sozinho

Feri-me comprando prazer

Outrora desejei tanto carinho

Agora quero apenas morrer (para renascer)

Já conheci pessoas notáveis

Que deslizaram cegas pelos meus dedos

Vi covardes com explosões de coragem

Bem como “Hércules” morrendo de medo

Já engoli sapos como se fossem petiscos

Em “fogo amigo” eu já me queimei

Lavei os pés dos meus inimigos

E fui traído por quem eu mais confiei.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 04/12/2007
Reeditado em 28/10/2012
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