EM NOVIDADE DE VIDA
Há dias que nada de novo se anuncia.
Mas existem dias que uma epifania
Toma conta do meu ser,
Anunciando a beleza
Que restaura o poder dos meus sentidos
De apreciar o frescor da vida
Como una criança que experimenta
De tempos em tempos
A profundidade do oceano
Ou o encanto mais jovial
De uma atividade ao ar livre.
Eu busco viver
Como alguém que sente o cheiro
Mais inesquecível
Das fragrâncias mais exóticas
Ou dos perfumes das plantas mais misteriosas.
Eu aspiro simplesmente
Olhar para as estrelas
Como um ser que não quer mais nada,
A não ser a contemplação
E o deixar o ser da manifestação mais sublime!
Eu almejo tão somente viver
Como uma alma que se eleva
Nos encantos de uma canção
De redenção, amor e esperança,
Uma canção que se assemelha
A pureza dos sons
Emitidos naqueles dias claros e serenos.
Habita em mim
(Como um templo circundado
Por raios de sol em suas janelas)
Uma sede agridoce de infinito;
Um desejo sem ânsia de dominação e poder
Que chama pelo perene e imorredouro da vida
No seio de minha própria existência.
Quero, como disse um sábio homem de Deus,
"Descobrir no coração de minha vida mortal
A eternidade que existe em mim".