No segundo em que Daniel viu Deus
No céu eu te vejo, severo lampejo!
No céu eu te vejo, erguendo-se por sobre o mar
Sorves o brilho das estrelas, do sol, do luar
Expande-se no horizonte e nas bordas de minha visão
Tua diáfana aparência… quão grande clarão!
Todo cosmos te é sujeito, fora de ti só há um borrão
Teu olhar me encontra!
As árvores se debruçam, os montes se curvam, as densas águas revolvem!
A ampulheta pára
Cronos falha
Eu petrifico
Perco os sentidos
Como morto fico
Me tocas… revivo!