Encontro-me em revoada,
Ideias desarrumadas,
Sentimentos amontoados,
E já não busco mais sentido,
Sobrevivo nas incertezas
Da transitoriedade,
E já não sou amálgama,
A vida me fez vento,
Em desalinho,
E já não tenho rosto,
Nem digitais,
Nem corpo,
Só neurônios e células gliais
Para continuar sendo
O que sempre fui
De outro modo
Que não me doa tanto,
Me doando menos,
Para ser mais...
Toque... toca...