Peregrina

Peregrina

No mar etéreo voa em meio às ondas luminosas

E seus eflúvios de tonalidades azul e violeta graciosas

Do espaço-tempo no tecido reverbera fulgurante e corporificado o toque

Que lhe questiona a austera e imponente existência

Com sua própria e inexplicável existência de agora

Te sinto na ponta dos meus dedos

Mesmo estando tão longe de você

Asas angelicais e perfume de brancas e vermelhas rosas

Delicadamente das pétalas a desprender-se e, deleitosa,

Brinco dançante com a essência do incenso em nuvem airosa

E a luz âmbar a brincar fosforeando pelo jardim de teus olhos

Mansamente fogosa

Refletida em mil partículas cristalinas como que apanhadas

Pelo filtro do Sol dos anjos da aurora

Teus olhos...

Teus olhos.

Fazem-se eles, então,

Meus inefáveis faróis do vespertino dourado em mantos de mel

Sedoso véu

Que pinta o céu

D'ouro da tarde majestosa.

(Gênnifer Gonçalves)

Gênnifer Gonçalves
Enviado por Gênnifer Gonçalves em 23/09/2022
Código do texto: T7612753
Classificação de conteúdo: seguro