Na Tinta da Vida
A menina que quer morrer
Repensa ao se ver
Numa pintura pintada
Pela mãe amada.
A menina que quer morrer
Apenas por casualidade perecer
Porque não consegue vislumbrar
Um futuro seu em que vá se orgulhar.
A menina que quer morrer
procura perceber
Na vida que apenas está no início
E tem tantos rumos desde o princípio.
Ela se lembra do quanto sua mãe se sacrificou
E no tanto que por ela se dedicou e trabalhou.
Por isso, nunca se mataria de verdade,
Mas desejar morrer, sim as vezes ela sente vontade.
A menina que quer morrer
Se sente tão culpada por esse querer
Já que não gostaria que fosse sentida a ingratidão
em quem ama e tudo agradece de coração.
A menina se emociona diante da pintura
Que sua mãe a dedicou com tanta ternura.
Mesmo com todas as dificuldades e inseguranças,
A menina procura vislumbrar seu futuro com esperanças.
A sua mãe pinta o seu retrato
E a menina só chora ao pensar que se o fizesse de fato,
Sua mãe choraria ao olhar tal pintura
E isso não faria sua mãe passar nunca.
Só restaria da menina esse retrato
Junto com um lamento tão grande e pesado
Que chegaria a doer na mulher que mais ama
E por ela, no possível, ela vai reanimando a chama.
A menina que olha sua mãe amada
pintar seu retrato determinada
Diz a si mesma como quer viver
Com a mesma dedicação em sua amada mãe reconhecer.
Cada tinta do seu retrato
Compõe a vida no quadro
Que procura chamar a sua vitalidade
Com muito carinho e amorosidade.
A menina chora tanto, tanto, tanto agora!
Uma grande emoção ela põe para fora
Porque agradece por cada tinta que a trouxe à vida de volta
Em busca de escrever a sua história como a sua mais fiel devota.
Agora, ela sabe que existe em sua individualidade
capaz de se perceber com a tinta da vida na sua realidade
sem se violentar por sentir humanos sentimentos
para que possa, mesmo se preocupando, fazer seus intentos.
* poesia antiga