BRISA
A folha solta e entregue ao tempo,
Em fim de inverno que o tempo alisa.
Temperatura amena em plena tarde
Entrega-se ao vento que suaviza.
Resfria inconteste toda a noite
A névoa que a madrugada umedece,
Embaçando a vidraça da janela,
Lá fora o inverno acontece.
Pelas frestas discretas da janela
Sinto os sinais que vem do tempo
É o fim do inverno que o tempo avisa.
O orvalho cai pela aquarela
E toda vida cessa o movimento
Restando apenas uma suave brisa.