VENTO DE INVERNO
Uiva o vento de inverno
Com um açoite constante
E um assobio incessante
Pela fresta da janela.
Castiga inplacável o vento
Com ferocidade infiel
As árvores que dançam atônitas
Em um bailar cruel.
Encolhidos em seus ninhos
Os pássaros se aninham e se calam.
Os mochos agouram discretos
Esperando o vento passar.
Enquanto isso sopra o vento,
Com seu constante fustigar,
Parecendo querer do mundo
Toda a sujeira acabar.