Explosão do Poeta
Ronda a mente inquieta
Uma vontade obscura
Como ronda a rima ao Poeta
Em noites de amargura
Luto com unhas e dentes
Contra a vontade que lateja
Na mente passeiam serpentes
Desejos que no corpo bafeja
Entre os dedos a caneta
Escreve com força tanta
Feito soar de trombeta
Feito grito retesado na garganta
Então o poema livre brota
Na tinta que livre escorre
Desejo que não se esgota
Aonde o verso morre!