Punhais

A vergonha se arrasta comendo pó e os motivos são como punhais cravados pelas costas, os minutos transcorreram entediados e com colera. Como em ritos ancestrais.

Os rumores andam a galope pelo caminho, desesperados e prevenidos os cavalos se esparramam como ráfagas de vento, é formidável e frágil essa despedida, tudo conduz ao silêncio, tudo é plenitude generosa,

A chuva que anuncia a tormenta nunca será a mesma que cairá depois, a doçura da criança anuncia uma nova esperança.

Prazeres e padecimentos, essa inexorável mutação do amanhã, são como princípios sem fim que vão nos deixando pressos ao universo.

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 09/07/2022
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