ODE A LORD BYRON
Ali jaz uma cabeça flamejante
Viveu no vinho e na orgia
Foi um contumaz amante
Afeito a prosa e a poesia
O seu maior prazer consistia
Em ver as amantes em outra dimensão
Versos lúbricos nos corpos extraia
Corpos febris em total ebulição
Lábios frementes em laivos de loucura
Tantos gemidos tantos espasmos
Tecia versos com exímia desenvoltura
Versos de paixão Poemas de orgasmos
Partiu da forma que tanto queria
Uma alcova um delicioso espumante
No chão esboço da derradeira poesia
Morreu feliz nos braços de uma amante
Agora o poeta jaz ali tão quieto
A morte veio nua e o seduziu
Um vulto suspirando ali por perto
Alguém sempre jura que viu!