Estrela docemente insana

E de tudo o que não se vê eu faço os meus dias,

Do fogo reflete os meus olhos o princípio da luz,

Movimenta minhas mãos o calor que tudo busca ao seu encontro

E de paz e suavidade faz-se o que é alma ao corpo,

Até a força nascida sem onde e sem ruídos,

Do mar à fogueira, da imensidão sem ponto

Ao reino de onde queimam as vontades.

Cansada eu desço pela rua

Direto para as estrelas,

Uma brisa me desvia suavemente,

Sopra em mim a noite...

Nasci de uma estrela,

De uma estrela docemente insana