Desencantando

Em meio ao pensamento

Outro aparece sem se ver

E somos arrastados

Na aspiração desse outro ser

Sempre esbanjosas

Vergonhosos cenários

Pra suprir os desejos

Infinitos de um vigário

Ainda quer ser aplaudido

Por sua atuação

Iludindo a consciência

Sem observação

E nunca chega no limite

Ja que sempre é chamado

Como água no deserto

Mas gotas que é dado

Um verdadeiro encanto

Que coloca no automático

Pra no fim nem saber

Quando é que foi tomado

Dever nosso perceber

Pra então acordar

Pra imensidão do dia a dia

E a tocaia a montar

O trabalho é árduo

Porém gratificante

E quem sabe algum dia

Só viver de instante

Somos nossa casa

E há de concordar

Com nenhum morador

Nada sai do lugar