Uns versos bolados
Uns versos bolados
Ritmado as sete batidas
Cada um delas por aí dizia
Uns versos bolado
Cruzados caminhos
Encarnados cheiros de rosas
Velas que abriam caminhos
Cada tom um pedido
Trancado a rua
O boêmio malandro do canto
Que entrava a roda maluco
Que dançava no ritmo
Sacudindo os desafetos
Vira, gira os vestidos
Ela é do dendê
Ela é Laroyê
O toque do tambor
É axé de orixá
Caiu na festa seu Zé
E dona Maria estava lá
Ôpaio a mulambo
E o pilintra dando risada
Das máscaras
Que caíram ao vê-los chegar
Que a ondas de Iemanjá
Vós leve ao fundo do mar.
Thiago Sotthero