QUANDO SONHO
Quando sonho, o crepúsculo cai, a noite escurece
na terra trazida pelo céu de mistérios infinitos,
entre brumas perfilam nuvens, a alma aquece
busco a paz por entre luzes de astros benditos.
Quando sonho, sou primavera que dá cor às flores
cantando com os pássaros sinfonia aberta,
e pelas margens fumegantes da estrada em cores,
aromatizo o firmamento que beleza oferta.
Quando sonho, viajo por todos os hemisférios,
vejo a aurora boreal por entre vales floridos
danças sincronizadas, surreais cenários
devaneios eletrizantes, todos permitidos.
Quando sonho, a lua cheia é prata refulgente,
levito na fronteira entre o céu e a terra;
surge a inspiração bendita, a poesia é o expoente,
sob o universo de versos, minha viagem encerra.