PARA SE VER AS COISAS DOS CÉUS
Para se ver as coisas dos Céus
Tem que se ter o olhar sereno,
Contemplativo e pleno,
Como quem vê o Mar.
Sem pressa de muito ir,
Sem ganas de partir,
Como quem sabe esperar
E é quando as coisas acontecem!
Como quando somos pequenos,
Inocentes e tenros,
Sem ser preciso falar
E é deste Céu que há em mim
De onde eu vim
Que hei de mostrar.
Mas para se ver as coisas dos céus
Tem que se ter o coração e a cabeça serenos,
Meditativos e plenos,
Como quem é o Mar.