Chegou!!!
Hoje, não quero o desejo como rima, nem a prece como rogo
Quero o dia inteiro para agradecer
A noite, para, ao final, estar sobrevivente a ela
Entrando de alma lavada no ano de dois mil e vinte e dois
Chegando no ano que se iniciará
Com os pés descalços, pisarei com o que tiver a oferecer
Vida, que pede cura da doença no mundo, da extinção da dor, do preconceito enraizado
De crença, de cor, de condição econômica, de tudo!
Quero manter-me na esperança
Por dias melhores
Quisera fossem os diamantes vendidos para, como cascata
Levar a comida , trabalho, fartura para a mesa dos homens
Quero, mesmo que nisto eu não subsista
Que os flagelos a que submeteram a geração a qual pertenço
Para o despertar da liberdade do pensar
Não sofra esta que é formada
Menos ignorância
Menos fanatismo religioso
Menos preconceito
Menos intolerância
De raça
De cor
De credo
De tudo
Nestas horas finais do ano
O indigesto do preconceito chega às tampas
O mundo pede cura
Da ferida aberta