Chegou!!!

Hoje, não quero o desejo como rima, nem a prece como rogo

Quero o dia inteiro para agradecer

A noite, para, ao final, estar sobrevivente a ela

Entrando de alma lavada no ano de dois mil e vinte e dois

Chegando no ano que se iniciará

Com os pés descalços, pisarei com o que tiver a oferecer

Vida, que pede cura da doença no mundo, da extinção da dor, do preconceito enraizado

De crença, de cor, de condição econômica, de tudo!

Quero manter-me na esperança

Por dias melhores

Quisera fossem os diamantes vendidos para, como cascata

Levar a comida , trabalho, fartura para a mesa dos homens

Quero, mesmo que nisto eu não subsista

Que os flagelos a que submeteram a geração a qual pertenço

Para o despertar da liberdade do pensar

Não sofra esta que é formada

Menos ignorância

Menos fanatismo religioso

Menos preconceito

Menos intolerância

De raça

De cor

De credo

De tudo

Nestas horas finais do ano

O indigesto do preconceito chega às tampas

O mundo pede cura

Da ferida aberta

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 31/12/2021
Código do texto: T7419195
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