Violeta vil

A vida veio vil violada

Vil viola enluarada

A querer gato por lebre

E Deus não me carregue

Porque o diabo está alegre

a comer o coelho que me persegue!

E a violetra que interfere

na letra que me sugere

a letra do coxo

feio roxo que não se fere!

Vil instrumento

que pinta de roxo

meu calcanhar de aquiles

Que inquilino da balança

enguiçou na frente da preguiça

Que mede o peso e as medidas que se lançam

em muitas combinações

Sem o menor peso na consciência

Ciência de aditar

o universal

Tentativa bilateral

de menor sucesso!

De vida e morte me despeço...

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 21/12/2021
Reeditado em 16/02/2022
Código do texto: T7412063
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