O Oráculo!
Venha com suas virtudes
Entre no céu das minhas lembranças
No silêncio que habita em mim
Há um espaço sagrado à sua espera
A porta está aberta, entre!... Se preferir, com os pés descalços
Não faça alarido, há uma criança debruçada na janela
Espalhei folhas de alecrim
No caminho de entrada, o jardim é rústico
As sementes de linhaça estão espalhadas: pise-as
As lembranças adormecidas impregna o ambiente...
Os segredos de ontem ficaram lá refletidos
Num longo lago onde mergulho para ver o meu lado inferior
Não fale, tenha cuidado na travessia
Não deseje me conhecer, basta olhar para si
Meu ser poeta acolhe
Meu eu desconhecido dorme...
Entre, repare os símbolos africanos no canto esquerdo da parede
Siga o olhar do Avatar!
Há um vaso branco no chão
Deixe os adornos que carrega na porta...
Vá em silêncio, deguste o cálice se estiveres em equilíbrio
O Oráculo está à sua espera!
Ouça a música que vem do corredor...
Viu a criança correndo!?... Ele ainda procura a porta...
Que houve? Não sabe descrever?
É assim, exatamente assim, que me sinto
Quando vejo esta mulher, com vestido safira
Fluindo do interior do meu jardim...