No trampolim da realidade,

mergulhe em poesia.
Passeie no lirismo bastardo das calçadas.
Vigie a rima próxima.
Visceral.

Visite a simples alegria.

 

E, veja como a vida é próspera.

Riqueza nas palavras.
Nos dialetos, nada é obsoleto.

 

Fique imersível em poesia.
Como se fosse em vinha d'alhos.
Amaciando a existência.
Batizando a esperança.

Reidratando-se.

 

Na lágrima, uma gota salvadora.
O orvalho, um alento.
Resgatando a umidade e o vento

 

No fundo, a poesia é algo virulento.
No fundo a imersão é ressurgimento da essência
massacrada pelas agruras.

Dormente entre sombras e figuras.

 

Pelas figuras de convivência.
Trazendo luz para passagens obscuras.

Fiat Lux.

 

A poesia imersível 
está no olhar contemplativo.
Só assim tudo se torna inteligível.

E plenamente possível.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 02/11/2021
Reeditado em 24/02/2022
Código do texto: T7377178
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