Armageddon

Armageddon

Delasnieve Daspet

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Achei que tinha chegado a hora. A batalha final.

O Bem e o Mal em confronto. O confronto decisivo.

Estremeci de medo. Num caleidoscópio, mental,

Revi todas as cenas que importam.

Me coloquei à espera.

O céu cobriu-se de uma névoa seca. Plúmbea.

O dia virou noite. A poeira vermelha e densa –

(quase dava para cortar), - cobriu a cidade.

Algo nunca visto, antes!

O vento chicoteava. Barulho ensurdecedor.

As árvores se dobravam.

Coisas voavam pelas ruas. Casas destelhadas.

A 100 km por hora o vento levava tudo.

Tudo voava. Como pequenas folhas, impotentes!

Uma nuvem enorme, gigantesca, baixa...

O que traria dentro de si, além da destruição e do pavor?!

E a cidade sucumbiu a falta de estrutura

Solapada pelos governantes.

Nossas árvores pediam socorro. Tombaram.

Faltam, ao homem, consciência, harmonia e solidariedade.

À Natureza, falta o equilíbrio.

O Amargeddon mostrou que nada fica oculto.

A verdade brilha no meio da dor e dos prejuízos.

15.10.21