Fel
Dei meu sangue ao papel
E o tracei em linhas ditas
Derramando todo fel
Sobre palavras malditas
Minha fé é minha amante
E toda força é resultante
De minha índole pulsante
E sua mente inconstante
Para que deveras fosse
Sábio e puramente incauto
A oferta, nosso holocausto
Sangra sorrindo a quem trouxe
O silêncio ao seu canto
Aos olhos, brilho amaranto
Mas queimou em fogo lascivo
O que era morto e não vivo