SONHO
Na noite de torpor
O útero ardia
Na Terra árida
Estéril
Águas não mais verterão
Flamejante, um Sol
Olhou-me o ser
Quis tocá-lo,
Em êxtase
Acordei!
Já não o via
Mas sentia seu fulgor em mim
O gozo esplêndido do Amor!
Que não acaba, não tem fim
A que veio?
Um presságio
Bons dias
A morte não seria?
Não sei!
Mas o vi e basta!
Pois nasceu a certeza que me faltava
Que há uma vida intensa, boa
Esperando-me no sonhar...