O Deus da guerra

Nos aquartelemos em nossos desertos

Albergados na saudade

Nosso degredo, a solidão

Estamos condenados por nossa própria paixão

Nos aquartelamos em nossos desertos

Em altares deixamos a dor

O que faz arder na pele

Mas em vão, Deus não ouve

Não vê, com seu olhar de neve

Então purgamos obscuros sentimentos

Somos a mão da ganância

Na palma da mão do opressor

Nos aquartelamos em nossos desertos

Mas nossa voz este Deus repele

Somos frutos do pecado da ingratidão

O mundo, o Brasil, a África, o Haiti, o Afeganistão

Somos feras em exclusão

Nos aquartelamos em nossos desertos

Somos o terror da guerra que arrasa

A dor parida a ferro, fogo e brasa

Pouco provável a luz do perdão...

Maria letra e cor
Enviado por Maria letra e cor em 25/08/2021
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