Mirante
Ao bom tempo do mar
Vi através das janelas matinais do movimento
A lembrança doce do horizonte
Segui seus passos até onde não pude.
Em tudo há dois
Vigília e calma
Desértica neblina onde dorme o vento
Com saudade a mais
Na ausência a menos
Corro atrás do que não se vê
No consentido tempo inútil
Embebido de espaço e sombra
Venero sem sentido
O murmúrio que desole
A fonte que arrebate
Por hora sem augúrio
Vago nesse adeus surpreso
Até brotar encantamento.