A Bella Donna e a saudade
Bem mais não digo do amor, pois pouco sei.
E desse pouco ou quase nada que aprendi,
O que tenho para dizer é que eu amei...
Amei e sei que certamente ainda careço
De aprender amar e, então, amar apenas
E que para tanto terei que pagar o preço...
Se fosse o amor talvez um pouco menos caro
Desse em pântanos como as belas açucenas
E como tais, quiçá não fosse frágil e raro...
Mas a sua nobreza e distinção vêm da raiz
Que sem cultivo, nasce apesar e ainda vigora
Graça e altivez tem a fina Flor da Imperatriz.
Já a ofereci como promessas à São Tiago
Também doei para a Santíssima Trindade
Mas por amor ainda lamento e até divago...
Ao deus Apolo o meu tolo orgulho devolvi...
A "Bella Donna" dei-lhe em troca da saudade.
Para esquecer a grande tristeza que vivi.
E darei arranjos com três flores matizadas
Do meu canteiro de açucenas tão cheirosas,
Quando as feridas forem, enfim, cicatrizadas.
adriribeiro/@adri.poesias