DESABROCHO

Há motivos de vozear júbilo

Há sim motivos, alguém os diga

Se o ego esvazia seu músculo

A alma se embalsama da fadiga.

Sorrisos não são vendáveis

Tampouco custam soltá-los

É no agrado das reações amáveis

Que se desintegram os abalos

Como as dores enturvam a visão

De ver pombos de esperança

De enxergar infinitos à distância

Pelejá-las se instaura como missão.

Pobres almas que se degastam

Na espiritualidade dogmática

Livres são almas que se afastam

De toda compreensão estática.

Recusam alheias verdades

Seguem imersos no seu trajecto

E somente com tempestades

Seu ser aflora-se por completo.

Educético
Enviado por Educético em 13/08/2021
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