DESABROCHO
Há motivos de vozear júbilo
Há sim motivos, alguém os diga
Se o ego esvazia seu músculo
A alma se embalsama da fadiga.
Sorrisos não são vendáveis
Tampouco custam soltá-los
É no agrado das reações amáveis
Que se desintegram os abalos
Como as dores enturvam a visão
De ver pombos de esperança
De enxergar infinitos à distância
Pelejá-las se instaura como missão.
Pobres almas que se degastam
Na espiritualidade dogmática
Livres são almas que se afastam
De toda compreensão estática.
Recusam alheias verdades
Seguem imersos no seu trajecto
E somente com tempestades
Seu ser aflora-se por completo.