SOB O OLHAR DA COMPREENSÃO
Olha-se para o vazio com imensidão nos olhos
É lá onde se guarda toda nossa incompreensão
Ao máximo tentamos fugir do radar de abrolhos
Mas aí onde nos escapa a escorregadia solução.
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Entendamos as razões que fundam os efeitos
Para o problema em si não se constitua como tal
É inegável a extensão dos nossos páreos defeitos
Entranhados no imo do nosso instinto animal.
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“Cravos e rosas também habitam num escombro”
Dir-nos-á uma alma revestida de assombramento
Para fundamentar seu dito, dar-nos-á seu ombro
Cristalizando, assim, seu tão ardiloso fundamento.
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Onde se busca a límpida, a transparente sabedoria?
Embora em si a sabedoria se prese pela limpidez
Mas num mosaico de variada e constante rebeldia
- Sobre qual verdade impera com tamanha solidez
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Urge manter-se neutro e peregrinar no interior
Caminhar em trilhas desenhadas por nós mesmos
Ao fomento das palpitações que venhamos supor
Daí construindo virtudes que escapam dos esmos.
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10.08.2021
16:15