PELO MUNDO DOS SONHOS
Pelo mundo dos sonhos insuetos e distantes, eu vagava
Andava, andava, zanzava e quanto mais caminhava
Tudo me vinha como um grande e imenso, pedaço de nada
Um resumo incompleto de um sombrio pesadelo, talvez...
De novo meu corpo calejado e beira da fadiga, desmoronava
Andava, andava, vagava e ainda mais perdido ficava
Só pedaços de cacos sem nexos, era o que eu apenas encontrava
Achando ser esta minha sina e destino, pensava, ...não conseguirei...
E isso repetia-se numa velocidade absurda, terrível e danada
Já nessas alturas eu, nem mais andava, em prantos claudicava
Em desatino e a esmo, corria por atalhos sombrios de infinitas estradas
Buscando achar o que ainda, embora muito procurar, não encontrei...
Com sono, fome, sede e frio, pelo varar de uma longa madrugada
Cansado e sem forças restantes para prosseguir, nessa noite luarada
Sentei, me recostei, cochilei e dormi ali, à beira de uma pequena chapada
De repente na profundez dum sonho bonito e bom, com você eu sonhei...
E era uma visão tão sublime, uma espécie de anjo com faces douradas
Um exagero de beleza, um encanto, uma rainha linda de pele rosada
Neste exato momento pude perceber que minha longa procura, se findava
E aquilo, por quem tanto penei para achar, ...para descobrir, eu achei!