Por conta do vento
Eu e minha alma,
de esporádicos encontros
embarcamos numa aventura
de saltos e alturas,
de leveza, de movimento...
deslizando ao melodioso
ritmo do vento.
Que estimula, que impulsiona,
que ascende.
E lá em cima, nos transformamos...
nos misturamos às aladas-criaturas,
de cores levíssimas às alvas brancuras...
vidros translúcidos e transparentes.
Transferidos...
entregamo-nos, assumimos
somos só o que sentimos:
esculturas inconsequentes.
Permitimos que nos fixe
numa antiqueda toda azul
emoldurada de infinito.
Entre nuvens recortadas
de formas brancas,
de águas, de luzes,
de arcos e de íris,
e às vezes, de sonhos
imortais e felizes!