A gangorra do tempo

Academia Virtual de Letras António Aleixo
Patrono: Frei José de Santa Rita Durão
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 39
Acadêmico Vitalício

A gangorra do tempo

Eu, diante de mim mesmo,
estupidificado,
parei e observei tudo:
a gangorra não para...

Eu, em frente ao tal brinquedo,
estupidificado,
não pude não vê-lo:
a gangorra não para...

Eu, com aquelas crianças,
estupidificado,
não me deixei de notar:
a gangorra não para...

Eu, olhando para aquilo,
estupidificado,
para cima, para baixo:
a gangorra não para

Eu, embora meio aturdido,
estupidificado,
cacei algumas palavras:
a gangorra não para...

Eu, assim um tanto inerte,
estupidificado,
evitei olhar o fundo:
a gangorra não para...

Eu, por completa agonia,
estupidificado,
finalmente percebi:
a gangorra não para...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 25/06/2021
Código do texto: T7286857
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