LAMENTO E ESPERANÇA
Vento, vento, vento,
Traga-me alívio, acalma meu tormento.
Sinto-te dançar na angústia do meu peito,
Presente caótico, conduz-me ao desespero, sem direito.
Como se o abrigo fosse um sonho distante,
E o aconchego um eco, já tão inconstante.
Vento, vento, vento,
Sopra-me esperança em teu sussurro lento.
Neste inverno cinzento, onde o frio é severo,
Grito no silêncio, um lamento sincero.
Como se o mundo fosse um vasto vazio,
Onde o som do meu clamor é perdido no frio.
Vento, vento, vento,
No teu sopro, busco um consolo imenso.
Neste inferno gigantesco, onde a dor é a realeza,
Acompanhas-me na tormenta, com tua frieza.
Em cada rajada, um lamento e um pedido,
Que o caos encontre um abrigo, um abrigo querido.
Vento, vento, vento,
Quebra o silêncio, traz-me alento.
Mesmo na tempestade, na dor que não cessa,
Que eu encontre na tua força, um toque de promessa.
Sinto-te aqui, neste universo de emoções cruas,
Onde cada suspiro é uma esperança, e cada dor, uma lua.
Vento, vento, vento,
Permite que tua brisa seja meu intento.
Que a esperança floresça em meio à tormenta,
E eu encontre a paz, a calma.
Mesmo no caos, em cada sopro teu,
Encontro uma luz, um alívio, um céu.