LAMENTO E ESPERANÇA

Vento, vento, vento,

Traga-me alívio, acalma meu tormento.

Sinto-te dançar na angústia do meu peito,

Presente caótico, conduz-me ao desespero, sem direito.

Como se o abrigo fosse um sonho distante,

E o aconchego um eco, já tão inconstante.

Vento, vento, vento,

Sopra-me esperança em teu sussurro lento.

Neste inverno cinzento, onde o frio é severo,

Grito no silêncio, um lamento sincero.

Como se o mundo fosse um vasto vazio,

Onde o som do meu clamor é perdido no frio.

Vento, vento, vento,

No teu sopro, busco um consolo imenso.

Neste inferno gigantesco, onde a dor é a realeza,

Acompanhas-me na tormenta, com tua frieza.

Em cada rajada, um lamento e um pedido,

Que o caos encontre um abrigo, um abrigo querido.

Vento, vento, vento,

Quebra o silêncio, traz-me alento.

Mesmo na tempestade, na dor que não cessa,

Que eu encontre na tua força, um toque de promessa.

Sinto-te aqui, neste universo de emoções cruas,

Onde cada suspiro é uma esperança, e cada dor, uma lua.

Vento, vento, vento,

Permite que tua brisa seja meu intento.

Que a esperança floresça em meio à tormenta,

E eu encontre a paz, a calma.

Mesmo no caos, em cada sopro teu,

Encontro uma luz, um alívio, um céu.

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 09/06/2021
Reeditado em 15/09/2024
Código do texto: T7275193
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