Cansado de andar por caminhos torturantes 
Quero agora caminhar sob as rosas do reino celeste 
Cantar com os pássaros ao amanhecer
Apreciando o nascer e por do Sol
Admirando o brilho da lua e estrelas ao anoitecer

O que eu procuro ? 
Salvação ? 
Será que ainda existe solução para um coração quebrado
e uma alma em decomposição ?

Do mais elevado reino
Para o mais profundo buraco negro 
O vazio martirizante que rasga o peito
Enganado
eu me perdi nas luxúrias desse mundo caído
Inocência perdida

Ouço os ruídos 
dos muros caindo 
O caos estacionado sem hora pra acabar 
Será o apocalipse ou só o fim de um ciclo que vêm pra nos ensinar ?

Desconstrução de velhos sistemas
​​​que não servem mais 
A ignorância e ego nos levou ao caos 
A vida agora se tornou um trânsito onde nossos caos se esbarram e se colidem 

Colapso 
O Cavalo da morte está passando
Posso ouvir os seus longos passos
Os que restaram vagam como zumbis ambulantes
e as ruas agora cheiram a morte 

Mas, entre as ruínas da cidade 
Eu ainda posso ouvir as trombetas do reino celeste 
Eu ainda posso sentir meus pés  caminhando sobre as pétalas da cidade dos anjos 
O aroma dos lírios do campo 

Gemidos, choros inexprimíveis
Vestígios do que um dia já foi
​​​​​​Um canto tão lindo 
que preenchia a alma 
A forma como me tocava parecia tão sagrada
Ainda me lembro de como é a sensação de ter a alma abraçada

Na beira do rio
Eu me esvazio
De tudo que me afasta de ti
só pra ter de volta aquela divina conexão
Eu me rendo 
Oh Pai eu me rendo a ti 
 
Na esperança de redenção 
Te entrego tudo o que restou de melhor de mim 
Oh pai por favor
Tenhas misericórdia
Tenhas misericórdia de mim 
 
 
Víctor Sigmaringa
Enviado por Víctor Sigmaringa em 21/03/2021
Reeditado em 23/03/2021
Código do texto: T7212081
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