CHAMA

Moça, um dia tu perceberás que a poesia é invisível.

E ela é ar... Como tu...

Que és vasta sem saber, essencial como sentir...

Os sentidos como fios conectando ao imenso...

Da montanha ao odor da lavanda...

Porém, a percepção interior, a chama pura no candelabro de diamante.

O gesto da brisa como a textura de sorrir. Faz-nos ver que não somos vistos.

Por mais que andamos para atrair o desejar.

O Real interno contradiz o altar onde se adora a frágil deusa beleza.

Sobram a cinza e a tristeza...

Entretanto, a luz daquela chama, límpida e

fundamental, não cansa de sussurrar:

Vinde e serás livre se amar.

Rafael Gustavo Vieira
Enviado por Rafael Gustavo Vieira em 20/02/2021
Código do texto: T7189268
Classificação de conteúdo: seguro