XXII - Revelação - Ethos de uma Alma Invertida

A Besta surgiu das

Profundezas da Terra

E, em forma de névoa,

Penetrou meus poros.

Seus chifres perfuraram-me

A fronte, meus olhos arderam

Em chamas e suas garras

Me rasgaram o peito.

Num átimo de segundo,

Vi a Terra desfazer-se

Em chamas e lamúrias

Dos mortais retumbavam

Como se a própria morte,

Em sua mortalha negra, gritasse.

Vi templos ruírem

Quando Sorath

Ergueu-se da Coroa Solar.

Padres e pastores, além de

Muitos outros mortais,

Puseram-se de joelhos.

Rasgavam suas vestes

E gritavam em agonia

Quando Sorath lhes

Olhava nos olhos.

"É chegada a hora da

Revelação! O Sol Negro

Jaz no céu e os Sete

Selos foram rompidos.

Aqueles que decifraram

A Esfinge, estão salvos.

Aqueles que repousarem

À sombra da Cruz, também

Serão salvos das chamas.

Aqueles que não pertencem

A este ou aquele grupo,

Serão esmagados sob o

Peso da Revelação de Si

Mesmos e de seu mundo"