Vinhado
Há de se ter neste néctar Dionisíaco o consolo dos Deuses!
Há de se ter pois meu espírito está Sedento!
Com ardor, rompo feito Bardo a melodia desta imensa floresta de secas folhas.
Enquanto não se abre a outra dimensão, deterioro as horas em profundo desinteresse.
O que perco ao ganhar?
O que ganho ao perder?
Uma rotina fria onde as flores não brotam por falta de rega ou jardins podados com paciência onde o dançante apreço embebeda-se do mais nobre vinho?
O êxtase, a Lua, a Fogueira.
Tudo em mim arde, brilha.
E que tudo me sirva de lição pois não existo para além de um místico delírio ressonante.
E se me perguntarem o que sou direi:
"Nem Profano, nem Sagrado. Vivo!"