Amêndoas são amargas e doces
A manhã desde ontem terminou
A noite ainda hoje se aproxima
E para nós aqui, o que sobrou?
Agora estou onde não queria estar
Já não sei onde estarei
Quando a noite começar
"Que eu veja a estrela perpétua
E não ronde a figueira brava
Que eu veja as crianças
Brincando na macieira
Na fonte do mais longo rio"
E que já não haja mar
Quando eu partir
Para o próximo lugar
“No meio do caminho
Na floresta escura
Quase me perdi”
Mas um relance de luz
Da estrela perpétua
Atravessou a selva
E afastou o tigre
Que se armava na relva
O coral silencioso cantou a melodia do mundo
Que só pôde ser ouvida
Quando também vista
E as estrelas cintilavam
Sobre um céu que não era escuro
Pois da estrela perpétua vinham todas as luzes
E para ela todas eram