CÓSMICAS POEIRAS, POEMAS
Poemas, poeiras...
óvulos planetas
palavra
o tudo é nada na orelha enferma.
Da escuridão à claridade
Submissas cordas móveis
promovem as rimas cheias
na caverna da criação...
Sempre tão nonata essa ondulação
da palavra irmã do caos
E a prepotente ideia
de nomear a dor
de uma solidão tão tua
e que no teu oceano mergulha
para fecundar de um caolho cais
Poetas,
será eterna essa etérea e duvidosa
vestal de luz
que ao clarear é lua prenhe
é mãe solteira
a apagar as rimas tenras
de errantes astros
num rastro de um planeta
Se ainda queres cantar
Canta e te contenta
com o sussurrante som
no solo onde já não estás
O Eco esquecerá a tua última sílaba a palpitar