O Sono me Chama

Acho medonho o sorriso

E sua flácida limitação

É fútil, inútil e voraz.

Me abraça a fúnebre tristeza

Onde há beleza e profundidade

Me espanta a alegria fugaz

Que engana aos tolos

Prometendo-lhes esperançar

Extrai do bagaço o espaço vazio

Eu cultivo a solidão

E seus danosos seres

São modos e víveres

Que afastam a alegria.

Eu tenho medo do dia

De ver as pessoas.

Tenho medo da noite

Em meus pensamentos,

Atravessando meu peito

Como se fosse a morte.

Tenho medo dos gritos

Dos uivos das sobras

Mas sinto o beijo frio

Acariciár-me com amor.

Por que continuar vivo?

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 21/12/2020
Reeditado em 22/12/2020
Código do texto: T7141145
Classificação de conteúdo: seguro