A lua se esconderá
A própria lua esconderá sua face
De vós os que no primeiro enlace
Desfizeram-se do que tinham
E venderam por trinta moedas
O que a soma de todas as precisas pedras
Não poderia comprar.
O que o conjunto de todos mundos
Sejam rasos ou profundos
Não poderia perscrutar
Há lugares agora vazios
Onde gritos clamavam outrora
Há caminhos agora sombrios
Onde o silêncio cantava as glórias
E nós que habitamos o reino transitório
Nos escondemos em paredes translúcidas
E cantamos sobre a fogueira
Feita dos ramos da figueira brava