D E S T I N O E D E S A T I N O
D E S T I N O E D E S A T I N O
Caminhamos através do tempo
O vento da juventude no olhar
Atento.
As praias em dias de verão tapetes
Infinitos estendidos no horizonte
Além mar.
Luzia, teus olhos feitos de vagalumes
Na paisagem da América sem nome
Sem par.
Ficamos pasmos com a beleza natural
Na Gruta de Lagoa Santa nas Gerais
Das Minas.
Poderíamos saber estar no deixa estar
Da América do Sul não descoberta
E solar???
Mal sabias tu nesse mundo murmurar
Duas décadas e metro e meio de altura
Eras linda.
Cheia de graça tal a mina de Ipanema
Já rebolavas beleza o quadril de fêmea
Ao luar.
Tua presença negra ida e reconstituída
Pela Universidade Manchester, longe
Das ingrisias.
11 mil anos de tempo ido e percorrido
E não deixaram teus restos mortais
Em paz.
O Brasil ministerial da Gil cult cultura
Queimou o tesouro daqueles tempos
Idos convividos.
Amavas tanto a vida que sobreviveste
Todos esses milênios na mágica mortal
Tempos idos.
Vivemos à nossa maneira em abrigos
Dia Dias santos aqueles sem igrejas
Nem sinagogas.
O mistério nos pegava pelas mãos
Quando olhávamos as constelações
Via Láctea.
Eras a minha estrela de areia. Não
Havia castelos na praia nem planos
Malucos Belezas.
Mãe dos povos neolíticos nas Américas
Nosso desejo aqueceu os corpos nus
Recém-nascidos.
Os filhos que deram origem ao milho
E a outras plantações do agronegócio
Milênios depois.
Tanto te valorizaram as políticas dos asnos
Que conseguiram cremar teus restos mortais
Hieráticos. Icônicos.