Como uma árvore

Aponto para o céu, mas finco minhas raízes no chão

As estrelas não são um limite e sim uma extensão

Pontos subsequentes em alguma eventual direção.

Estendo meus galhos em direções opostas

Tateio passibilidades em busca de respostas

Arrisco um pouco em divididas apostas.

Quando alimentado, gero frutos e flores

Esparjo sementes , desperto novos amores

Renovo o mundo com inéditos matizes e cores.

No meu inverno, hiberno e fico em compasso de espera

Ressurjo pleno, exuberante a cada nova primavera

No meu outono descarto restos do verão-quimera.

Sou eterno pois de alguma forma deixarei meu legado

Em um filho, uma palavra, um conto ou poema recitado

Talvez até em um ínfimo, porém inesquecível, instante compartilhado.

Ello
Enviado por Ello em 22/10/2020
Código do texto: T7093458
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