OSTRACISMO
Não aceito tua maldade
Nem amo tua avareza
Só vejo em ti bondade
Mesmo que maldade o seja
Pra ler desejo e beleza
No livro da raridade
Que se escreva desamor
E dor rime com saudade
No ostracismo a idade
É pano velho de chão
Quando a vida se retrai
E todos os sins viram nãos
Deus escreve em linhas tortas
Para o homem que acerta
Vale mil fechadas portas
Enquanto nenhuma aberta.