De dentro para fora
Ultimamente um ardor estranho me apetece, um calafrio presságio da crise.
Ele anseia pela indecisão que aqui se enraíza como um ardiloso vulcão.
É uma catastrófica erupção, porta a fora do "Eu" conhecido e habitual. Apenas a lava da erupção;
Difícil é a aceitação como um ciclo infinito. O que é esse eu que é molde e se desfaz?
É irreal e superficial se olhar sem observar? Um cadáver que nada foi por certo parecerá sem a correta percepção.
A profundidade é ainda mais densa e obscura, o silêncio que não encontro aqui fora… A mente e a fluidez do ser como estação e consequência.
Nada sou enquanto o viés do espaço e do tempo na consciência condensam a realidade inquebrável da impermanência.
Eterna mudança como a água corrente de um rio… Isso implica soltura e reconhecimento da inexistência do eu verdadeiro.