SOM DA LUZ
As camadas transparentes do olhar
a umidade e o céu na composição do ar
palavras etéreas desdenham o silêncio
pois o timbre d’alma é o idioma do imenso.
Na sincronia da aurora com o interminável
o reflexo permeado de interioridade indecifrável
no esboço da claridade o existir da imagem
a presença da lágrima, erupção de luminosidade
a estrela exilada na plenitude
a primavera absoluta no instante da mansuetude
pétalas invulneráveis no sorriso imotivado
poesia é a ciência do saber alado
o vento que não se engana nunca
do absolutismo de tudo ser passagem.