SOM DA LUZ

As camadas transparentes do olhar

a umidade e o céu na composição do ar

palavras etéreas desdenham o silêncio

pois o timbre d’alma é o idioma do imenso.

Na sincronia da aurora com o interminável

o reflexo permeado de interioridade indecifrável

no esboço da claridade o existir da imagem

a presença da lágrima, erupção de luminosidade

a estrela exilada na plenitude

a primavera absoluta no instante da mansuetude

pétalas invulneráveis no sorriso imotivado

poesia é a ciência do saber alado

o vento que não se engana nunca

do absolutismo de tudo ser passagem.

Rafael Gustavo Vieira
Enviado por Rafael Gustavo Vieira em 11/08/2020
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