A Procura
Nessa estranha procura
Caminhando entre os penhascos
Um caminho longo e cansativo,
Um ser insólito segue solitário.
Na aspereza dos rochedos
Com os pés feridos o viandante
Tenta continuar seu caminho,
Mas a dor sufoca e procura abrigo.
Mesmo em dores segue adiante
Seu objetivo é maior que a dor,
É a procura a que se propôs,
Sua meta essencial de vida.
A sua natureza humana descrente
O impulsiona a descobrir a fé,
E para isso ele próprio decidiu
Que essa caminhada e a natureza
Poderiam na sua procura mística,
Sanar essa insana descrença.
A sua crença sem alma,
O faz buscar algo mais
Do que simplesmente viver
Como todos os seres ou animais
E como um lenho findar.
Mas no entardecer entre as rochas
O brilho refletido da luz solar
Cria uma singular imagem no penhasco,
Que faz o descrente ficar maravilhado,
E no seu coração brota um amor,
Um sentimento desconhecido para ele.
Alma e coração unidos numa crença,
Que até então esse viandante
Nunca houvera sentido em sua vida,
A descoberta da fé espiritual.
There Válio – Julho/2020.